A fiscalização "vai prolongar-se até ao final de agosto e queremos apresentar o relatório com os resultados, tal como fizemos [com Grândola], algures entre a primeira e a segunda semana de setembro", disse à agência Lusa o presidente da APA, José Pimenta Machado.

Na terça-feira, a ministra do Ambiente e da Energia (MAEN), Maria da Graça Carvalho, anunciou que a APA, em conjunto com a Autoridade Marítima Nacional(AMN), tinha iniciado no Algarve acções de fiscalização aos acessos às praias e ao cumprimento dos serviços públicos por parte dos concessionários.

"É uma inspeção normal, como foi feita entre Troia e Melides [na costa alentejana]. Neste caso, será na costa algarvia. Vão começar em Sotavento, Monte Gordo e Praia Verde", disse Maria da Graça Carvalho, quando questionada sobre o tema durante uma conferência de imprensa em Lisboa sobre programas de sustentabilidade.

A responsável acrescentou que, no caso do Algarve, as queixas estão sobretudo relacionadas com "condições de acesso" a casas de banho e balneários, e não tanto com restrições no acesso à praia.

Contactado pela Lusa, o presidente da APA explicou que, na terça-feira, a ação começou "com trabalhos preparatórios em coordenação" com todas as entidades envolvidas, que deverão "ir para o terreno" apenas hoje.

"Obviamente que o Algarve não tem a mesma dimensão [da costa de Grândola], mas temos algumas situações que nos preocupam e que já foram identificadas".

Estas situações, acrescentou, serão objeto de "particular atenção".

De acordo com Pimenta Machado, que pretende "acompanhar pessoalmente" uma dessas acções, a APA vai dar prioridade aos acessos à praia e às concessões balneares.

"Já temos conhecimento de algumas situações, e o que já sabemos que não está em conformidade: o acesso aos balneários e casas de banho está dentro da área comercial, [com] algumas restrições que as pessoas podem sentir-se incomodadas", explicou.

De acordo com o responsável, é necessário garantir que o acesso aos balneários e casas de banho seja "sempre exterior para que as pessoas se sintam à vontade para utilizar" estas áreas.

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