Em declarações à agência noticiosa Lusa, Carlos Araújo, líder do sindicato SIMA, indicou que esta manhã pelo menos 14 partidas e quatro chegadas foram canceladas, no último dia da greve dos trabalhadores da empresa de handling Menzies, que afetou os aeroportos no fim de semana.

No entanto, havia “mais de 40 a 50 caminhões com carga” no terminal de carga nesta manhã, esperando para serem descarregados ou os tempos de espera pelos caminhões eram tão longos que excediam os horários dos caminhoneiros.

De acordo com Carlos Araújo, a maior parte da carga não foi carregada durante a greve.

Em outros aeroportos, o impacto foi menos severo, mas ainda foi sentido.

A greve atual, convocada pelo SIMA e pelo Sindicato dos Transportes (ST), começou à meia-noite de sexta-feira e continua até a meia-noite de hoje.

Esta é a primeira das cinco greves de quatro dias programadas para fins de semana até o início de setembro. Em agosto, os períodos de greve estão programados para 8 a 11 de agosto, 15 a 18, 22 a 25 e

29 a 1º de setembro.

Carlos Araújo disse que nenhuma negociação foi agendada com a empresa, indicando que ele foi informado de que tais negociações não ocorrerão enquanto os avisos de greve permanecerem em vigor.

“Entre as várias greves que programamos, houve longos períodos sem aviso prévio e a posição da empresa continua a mesma; em outras palavras, é apenas uma desculpa”, enfatizou.

“Esperemos que a empresa, que tem quase 15 dias até a próxima greve, tenha a oportunidade de ajustar seu ritmo e nos dar a garantia de que revisará as tabelas salariais em uma data específica”, afirmou, enfatizando que os trabalhadores precisam de garantias.

“É absolutamente incompreensível, e tenho certeza de que a maioria da população portuguesa nem sequer considera a possibilidade de salários em tempo integral abaixo do salário mínimo”, lamentou.

A Lusa contactou a ANA — Aeroportos de Portugal, que gere a infraestrutura do país, e está à espera de uma resposta.