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presidente da SPMV, Gabriela Saldanha, observou o aumento de mulheres que viajam sozinhas, mochileiras, nômades digitais, trabalhadoras móveis, crianças e idosos, todas com necessidades específicas de saúde e segurança. “Devemos melhorar a prevenção, expandir a alfabetização em saúde e saber como comunicar os riscos de forma responsável — sem criar alarmes desnecessários”, disse ela.

O turismo internacional se recuperou fortemente, com as chegadas globais atingindo 1,4 bilhão em 2024, perto dos níveis pré-pandêmicos. Somente em Portugal, os residentes fizeram 3,2 milhões de viagens ao exterior em 2023, um aumento de 21,5% em relação ao ano anterior.

O evento de três dias, com o tema “Medicina de viagem: novos horizontes, novos desafios”, marca o 10º aniversário da sociedade. Além de workshops sobre vacinas e o primeiro Fórum Atlântico-Mediterrâneo, especialistas de toda a Europa debaterão questões urgentes, como a propagação do mosquito Aedes, portador da dengue, chikungunya e Zika. O inseto foi detectado recentemente na Madeira, o que levou a pedidos de reforço da vigilância.

O turismo de cruzeiros também será examinado, com sessões sobre surtos respiratórios e gastrointestinais no mar. “Os navios de cruzeiro são cidades flutuantes, exigindo estratégias personalizadas de prevenção, tratamento e isolamento”, explicou Saldanha, acrescentando que a cooperação com as autoridades de saúde marítima e a indústria de viagens já está em andamento. O programa inclui ainda debates sobre migração internacional, apresentações científicas, homenagens aos principais profissionais e o Prêmio Científico SPMV de 2025.

Saldanha pediu aos viajantes que buscassem conselhos antes de partir. “As pessoas podem contactar a SPMV, a rede nacional de vacinação, a Direção-Geral da Saúde h ou o SNS24. O segredo é sempre estar informado antes de viajar”, disse ela.