"Foram activados planos de contingência robustos para proteger as operações e mitigar as interrupções de serviço, particularmente durante este exigente período de verão, sempre com total respeito pelos direitos dos trabalhadores", disse um porta-voz da companhia aérea britânica Menzies Aviation, que detém 50,1% da antiga Groundforce (os restantes 49,9% ficaram na TAP), em declarações enviadas à comunicação social.
O SIMA anunciou esta semana que apresentou duas queixas-crime no Ministério Público contra a direção da SPdH/Menzies e da TAP. Uma alegando violação da Constituição e da lei da greve, "com base na substituição direta de trabalhadores grevistas, alterações unilaterais de horários de trabalho, suspensão de pausas em períodos de calor extremo e diversas formas de repressão e pressão ilegítima sobre os trabalhadores", e a outra alegando "pagamento de salários base inferiores ao salário mínimo nacional (SMN), uma grave e inaceitável violação da legislação laboral portuguesa que atenta contra a dignidade dos trabalhadores e constitui um crime económico".
"Relativamente aos alegados processos judiciais, a Menzies Aviation não comenta assuntos jurídicos", afirmou a empresa, garantindo que actua "de forma rigorosa, no cumprimento da lei" e das suas obrigações contratuais, "mantendo um firme compromisso com práticas laborais justas e um diálogo aberto e construtivo com todas as partes interessadas".
A Menzies sublinhou ainda que a prioridade "continua a ser garantir a continuidade operacional e a qualidade do serviço prestado" aos clientes e passageiros.
Quando será a próxima greve?
Os trabalhadores da SPdH/Menzies realizaram a primeira de cinco greves este verão no fim de semana passado, causando numerosos atrasos e cancelamentos de voos. A próxima greve de quatro dias está prevista para os dias 8 a 11 de agosto.
Estão também previstas greves de 15 a 18 de agosto, de 22 a 25 de agosto e de 29 de agosto a 1 de setembro.
As reivindicações subjacentes à greve incluem o fim dos salários de base inferiores ao salário mínimo nacional, melhores salários, a aplicação do pagamento do turno da noite e a manutenção do acesso ao estacionamento nos mesmos termos e condições "que sempre lhes foram aplicados", de acordo com os representantes dos trabalhadores.