Guimarães é "um exemplo a replicar" no âmbito da sua estratégia de mitigação das alterações climáticas, devido à sua capacidade de transformar as orientações políticas europeias em acções concretas, com soluções eficazes e adaptadas ao território. Esta é a conclusão do estudo "Integrating Adaptations and Mitigation for Climate-Resilient Decision-Making", do projeto europeu "DISTENDER", do qual o município faz parte.

A cidade aderiu ao projeto DISTENDER para reforçar a sua governação climática, a resiliência urbana e a proteção da saúde. "Este projeto fornece aos decisores uma metodologia abrangente para identificar, avaliar e priorizar estratégias integradas de adaptação e mitigação das alterações climáticas", explica o município liderado pelo social-democrata Ricardo Araújo, eleito nas eleições autárquicas de 12 de outubro de 2025.

De acordo com o Eco, entre as estratégias implementadas pela autarquia estão o planeamento climático integrado com recolha sistemática de dados locais e avaliação conjunta de mitigação e adaptação. O município enumera ainda "a expansão de soluções baseadas na natureza aplicadas em áreas verdes e bacias hidrográficas para gerir inundações e ondas de calor".

A crescente exposição ao calor urbano e aos riscos de inundação, relacionada com a alteração do uso do solo e o crescimento socioeconómico, foi precisamente um dos problemas identificados pelo governo da cidade. Para além disso, há um aumento dos custos de saúde associados à mortalidade por calor, que se prevê que se intensifique em cenários de emissões mais elevadas.

O Sistema de Apoio à Decisão que permite avaliar os impactos, benefícios colaterais e trade-offs das ações climáticas na cidade é uma das estratégias da prefeitura reconhecidas no estudo. As soluções locais personalizadas aplicadas combinam projecções climáticas com dados socioeconómicos.