"Assim que entrei aqui perguntei logo, o que é isto," contou Maija do palco do Teatro Faialense, no domingo à noite, "que lindo teatro ópera, no meio do oceano. Estou feliz por nesta visita aos Açores conseguir trazer a minha música a duas ilhas. Um vulcão e maravilhoso festival no Pico, e este lindíssimo teatro na Horta."

Maija Kauhanen, a recipiente do Nordic Council Music Prize 2023, o maior prémio para um músico dos países nórdicos, apresentou o Kantele, o instrumento de cordas dedilhadas tradicional finlandês. Cantora e multi-instrumentista, além de uma talentosa compositora e letrista, Maija é conhecida pelo seu carisma e fascinante presença em palco. Como artista a solo, toca música da sua autoria, numa orquestra a solo, tocando simultaneamente o kantele, a percussão e o canto.

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Durante a sua primeira visita ao Festival Cordas, em 2018, Maija escreveu uma canção sobre a sua experiência nos Açores, a qual gravou no seu segundo álbum a solo, Raivopyörä. "Sinto-me feliz de conseguir partilhar com as pessoas das ilhas esta música, porque foi escrita em cima das rochas negras na ilha do Pico, na minha primeira visita, bebendo um copo de vinho tinto," admitiu a música nórdica, dedicando a obra ao Festival Cordas, depois de ter oferecido um mini-kantele, construído pelo seu próprio pai, ao diretor artístico Terry Costa.

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O concerto, na noite das eleições municipais, fez parte da Temporada MiratecArts no Teatro Faialense, em parceria com o Município da Horta e UrbHorta, que conta com mais um evento, agendado para 28 de dezembro, com Engengroaldenga, duo com sonoridades alternativas da viola da terra - bilhetes já disponíveis no Mercado da Horta.

-- Foto: Pedro Silva